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Renato Portaluppi e a direção do Grêmio têm o direito de tomarem a decisão que quiserem. Aliás, devem, ninguém têm mais informações do dia-a-dia do que eles. Mas lidar com o contraditório é do jogo e não há nenhum desrespeito nisso. Muito menos corneta.

No sábado, em sua entrevista coletiva, o técnico pareceu irritado pelas críticas a sua ausência em Ijuí, no jogo da Recopa Gaúcha, quando o Tricolor perdeu o título para o São Luiz. O treinador, que ficou em Porto Alegre treinando os titulares, alegou que a direção sabia da decisão, que havia sido tomada antes.

Pois bem, então erraram ambos: Renato, Guerra e quem mais tomou essa decisão. E não falo aqui em termos de resultado, de desempenho, mas de simbologia. E sim, para a torcida, os símbolos importam. Ao manter o técnico na Capital, o sinal que o Grêmio estava passando era de um time que não estava dando muita importância para o jogo. Ora, se nem os titulares e nem mesmo o técnico foi, é lógico que se pense que o Grêmio não colocou a Recopa como prioridade. Aliás, seria mais sensato o clube simplesmente alegar que sim, era uma competição menor dentro do atual contexto. Poderia se discutir, concordar, discordar, mas era uma decisão com um ponto. Ao fingir que não, que estava sim fazendo todo o possível para ganhar, mas na prática indicando na direção oposta, a conta simplesmente não fecha.

Como o Grêmio perdeu o jogo, a crítica foi maior. É uma lógica simples e, imagino, compreensível. Não há desrespeito algum nisso. E muito menos em corneta.

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