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Porto Alegre,24/04/2024

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OLucro da Petrobras caiu 33,8% no primeiro ano do governo Lula

No último ano do governo Bolsonaro, a estatal registrou um lucro recorde de R$ 188,3 bilhões

O Sul
OLucro da Petrobras caiu 33,8% no primeiro ano do governo Lula O Sul
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Depois de contabilizar lucro e dividendos recordes em 2022, a Petrobras terminou o ano de 2023, o primeiro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de volta ao comando da estatal, com um resultado positivo de R$ 124,6 bilhões. A cifra representa uma queda de 33,8% frente o período anterior, mas é a segunda maior da história da empresa.

No último ano do governo Bolsonaro, a estatal registrou um lucro recorde de R$ 188,3 bilhões, montante 76,6% superior ao apurado em 2021. Em 2022, a empresa também anunciou o pagamento de R$ 215,7 bilhões em dividendos aos acionistas.

Já em 2023, o pagamento de dividendos aos acionistas teve recuo expressivo. O volume caiu 66,4%, mas ainda somou expressivos R$ 72,4 bilhões. A decisão da empresa de não pagar dividendos extras, como no ano anterior, frustrou investidores. Analistas esperavam uma distribuição adicional entre US$ 4 bilhões e US$ 9 bilhões.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse em carta publicada junto ao balanço divulgado pela companhia nesta quinta-feira que os dividendos de R$ 72,4 bilhões, referentes ao exercício de 2023, são um “valor que se reverte para a sociedade brasileira”.

No final de fevereiro, Prates já havia sinalizado que os recursos a serem distribuídos aos acionistas poderiam diminuir. Suas declarações fizeram as ações da estatal desabar, e a companhia perdeu R$ 29,9 bilhões em valor de mercado em um único dia.

Segundo ele, além dos dividendos, o País também se beneficia com a arrecadação de impostos, com a estatal em 2023 pagando R$ 240 bilhões em tributos, e os sucessivos recordes de valor de mercado desde que assumiu a gestão da companhia, em janeiro de 2023.

Prates afirmou que, em 2023, o retorno das ações preferenciais da companhia na Bolsa de Nova York alcançou 112%. “Um valor muito superior ao maior dos retornos das majors (20%), evidenciando quão acertada foi a decisão de manter os dividendos em patamares adequados, ao mesmo tempo em que aumentamos os investimentos para entregar crescimento rentável, o que se reflete em maiores valores de mercado”, explicou Prates.

Segundo ele, a Petrobras “voltou para prosperar, gerar valor a longo prazo e contribuir para a construção de um mundo melhor”.

Dona de 36,6% do capital da empresa, via Tesouro, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de participações, o BNDESPar, a União deve ficar com R$ 26,5 bilhões em 2023. Em 2022, a União ficou com cerca de R$ 79 bilhões.

Este é o terceiro anúncio seguido de pagamento a acionistas após a mudança da política de dividendos da companhia, que hoje tem previsão de proventos na ordem de 45% do fluxo de caixa livre (diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos do trimestre).

Até julho de 2023, esse porcentual era de 60%. Apesar da redução, a regularidade dos dividendos da Petrobras sob o governo Lula surpreendeu positivamente o mercado, o que ajuda a explicar a apreciação do papel no período.

No quarto trimestre de 2023, a Petrobras teve um lucro líquido de R$ 31 bilhões, 28,4% a menos do que há um ano, e 16,6% superior ao registrado no trimestre imediatamente anterior, segundo informou a empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (7).

A receita de vendas no período caiu 15,3%, para R$ 134,5 bilhões, frente ao quarto trimestre de 2022, mas subiu 7,6% em relação ao terceiro trimestre.

Já o Ebitda, que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, ficou em R$ 66,8 bilhões no quarto trimestre de 2023, queda de 8,5% ante o quarto trimestre de 2022 e avanço de 1% em relação ao terceiro trimestre de 2023.

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